Sob a Proteção das Deusas Clio, Gaia, Atena e Psiquê: a Faculdade de Ciências Humanas da UFGD em Narrativas contém a apresentação dos Cursos de Graduação e dos Programas de Pós-Graduação da FCH. Constituído por textos narrativos de mais de duas dezenas de autoras(es) e por outras(os) que contribuíram com fotografias, o texto apresenta estilos próprios em cada capítulo e revela, com isso, a diversidade de nossas produções acadêmicas e de nossas formas de ser/estar na Universidade.
Destacamos, nesse registro, a história da FCH, de cada um de seus cursos e suas atividades pedagógicas e comunitárias compreendendo seus movimentos e compromissos com o desenvolvimento social, científico e tecnológico com o estado de Mato Grosso do Sul, especialmente com o cone sul desse estado.
A(O) leitor(a) encontrará, nessas páginas, registros de experiências de profissionais com suas marcas autorais. As marcas autorais mostram como essas(es) autoras(es) se inscrevem na vida universitária. Dessa forma, as narrativas carregam traços políticos na medida que imprimem as relações internas e externas sempre em diálogo para avançar nos compromissos com a comunidade envolvente e com nossas(os) estudantes. As narrativas carregam também traços encarnados, uma vez que buscamos acolher as diferenças constitutivas de todas(os) nós e somos atravessadas(os) constantemente por saberes/sabores que transformam nosso olhar, nossa escuta e nosso pensar.
Escutar a comunidade, olhar o passado, o presente e o futuro, introjetar e fazer circular diferentes saberes e modos de vida e pensar coletivamente nas transformações necessárias para um mundo mais justo, seguro e sustentável formam a base das políticas que chamamos, na universidade, de tripé indissociável da formação: Pesquisa, Ensino e Extensão. A Pesquisa é um exercício político, pois projeta formas futuras de ação; o Ensino é político, pois dispõe de formas de acesso e de organização de saberes e a Extensão é também política na medida em que abre a Universidade para a escuta da sociedade que produz suas demandas e assim a alimenta, avalia e sustenta.
As deusas gregas, citadas no título do livro, são referências simbólicas: da Psicologia (Psiquê – expressão da alma humana), e a deusas protetoras da História (Clio), da Geografia (Gaia) e da civilização (Atena). Nós as escolhemos por entender que essas deusas eram contestadoras, criativas e produtivas. Tal qual as deusas gregas, esperamos produzir saberes e subjetividades sensíveis e criativas com vistas mais às transformações sociais do que às conservações dos lugares de saber e de poder já estabelecidos.
