Educação escolar: diálogos e aplicações
Organização: Francílio de Amorim dos Santos, Jenerton Arlan Schütz
PREFÁCIO
Atualmente, vive-se em tempos de rápidos avanços tecnológicos e intensa inserção de informações, científicas ou não, nas redes de comunicação. Nesse cenário, o processo de ensino formal não se encontra isento de ser atingido por essa fluidez tecnológica e comunicacional, fato que demanda (re)organização constante em relação ao que se ensina e pesquisa e, como tal, a forma como o produto desses elementos chega à sociedade.
Toma-se, nesse contexto, o ensino como possibilidade de iluminação da mente como foco ao estímulo de pessoas críticas e dotadas de capacidade para mudar sua realidade, ao tempo em que operacionaliza a produção do conhecimento e possibilita a inserção desses indivíduos na sociedade como promotores de história.
Ao longo do tempo, a escola vem se constituindo, nos seus vários níveis de ensino, cada vez mais como espaço politizador e elemento-chave na discussão de temas polêmicos. No decorrer do processo de formação cidadã e assimilação dos traços culturais gerais e locais a escola se põe como essencial ao desenvolvimento humano integral, tornando possível o conhecimento da dinâmica humana e da própria natureza em diversos espaços.
Cabe, neste sentido, salientar a necessidade de refletir sobre as repercussões dos atos políticos, não somente sobre os distintos setores
da sociedade, em especial a educação, mas acima de tudo perceber suas implicações espaço-temporais. Posto que se tenha visto veemente vontade governamental em sufocar o pensamento crítico, notadamente a partir da supressão da obrigatoriedade dos componentes curriculares onde o debate é essencialmente algo natural.
Nessa perspectiva, a obra intitulada “Educação escolar: diálogos e aplicações” apresenta-se como espaço de produção científica, ensino
e extensão, fruto do empenho de pesquisadores de distintas áreas do conhecimento científico. Na obra poder-se-á encontrar leituras diversas, com linguagem acessível, voltadas a discussão de temas elementares ao conhecimento humano, fundamentais aos profissionais do âmbito educacional.
Nos capítulos que seguem, encontram-se rigorosos e apaixonantes debates acerca da linguagem do ponto de vista de seus distúrbios,
polissemia, formação de leitores e produção textual a partir de escolas em tempo integral. Os temas argumentam, ainda, sobre direitos ligados à acessibilidade e a escola sem partido, particularmente no âmbito do ensino e filosofia, perpassando por reflexões sobre as diferentes formas de violência, ética e moral na escola.
Ocorrem questionamentos, também, sobre as metodologias ativas e a educação escolar, entre a metafísica e a pós-metafísica, bem como acerca das estruturas cognitivas humanas em Piaget, aprendizagem colaborativa e teoria histórico cultural, indicadores de avaliação do Ensino Fundamental e pesquisa quantitativa em educação.
Ressalta-se, ainda, a discussão empreendida sobre as implicações do neoliberalismo na nova linguagem da aprendizagem, o uso do cinema e do Braille nas aulas de Educação Física, além de relatos de professores em formação no ensino de Inglês a partir de resenhas de filmes e as transformações associadas ao ensino de Geografia na Educação Básica.
Em suma, a leitura da obra que segue é obrigatória aos agentes que compõe a comunidade escolar, em seus diversos níveis, posto que
apresenta temáticas ligadas ao seu contexto. O livro é um convite a reflexões diversas e possibilidade para mudanças no trato das questões associadas ao ensino, bem como fonte de pesquisa e eixo norteador para pensar novas tendências para educação contemporânea.
Prof. Dr. Francílio de Amorim dos Santos
IFPI / Campus Piripiri
Ano de lançamento | 2019 |
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ISBN | 975-85-7993-805-4 |
ISBN [e-book] | 978-85-7993-804-7 |
Número de páginas | 382 |
Organização | Francílio de Amorim dos Santos, Jenerton Arlan Schütz |
Formato |