Policentrismo, rede urbana e aglomerações urbanas no Rio Grande do Sul
Organização: Clarice Maraschin, Heleniza Ávila Campos
CENTRALIDADES EM AGLOMERAÇÕES URBANAS A PARTIR DO RIO GRANDE DO SUL: NOTAS INTRODUTÓRIAS
Heleniza Ávila Campos
Este livro é um produto escrito a várias mãos, como resultado de uma importante oportunidade de reflexão entre colegas pertencentes a diversas instituições do Estado do Rio Grande do Sul. O principal objetivo foi analisar o processo de constituição de centralidades regionais no Estado, visando entender as implicações socioespaciais de sua relação com a dinâmica da rede urbana e do desenvolvimento regional no Rio Grande do Sul. A pesquisa contou com o apoio financeiro da FAPERGS através do edital Pesquisador Gaúcho (PqG-02/2017) sob o título POLICENTRISMO, REDE URBANA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL NO RS: UMA ANÁLISE A PARTIR DE AGLOMERAÇÕES URBANAS SELECIONADAS, realizada entre 2017 e 2021.
A análise da policentralidade apoiou-se sobretudo na relação entre a ideia de rede urbana e as dinâmicas sociais, econômicas e espaciais das distintas regiões investigadas, cujas características e funções geográficas participam da configuração do complexo território do Rio Grande do Sul. Nesse sentido, o estudo permitiu a identificação de padrões e dinâmicas de integração espacial das aglomerações analisadas, tanto intra como interregional (e, nestas, as cidades médias e a metrópole de Porto Alegre), organizando e comandando o território do Estado.
Do ponto de vista da seleção das aglomerações para estudo, inicialmente a pesquisa foi pensada para voltar-se às aglomerações urbanas vinculadas às cidades médias do Estado, no entanto decidiu-se incluir as regiões metropolitanas de Porto Alegre e da Serra Gaúcha considerando a importância de ambas no Rio Grande do Sul: a primeira, por se constituir na metrópole do Estado, com alta representatividade econômica e política nos setores industrial e de serviços; a segunda, tanto pela contribuição na economia, como nos conflitos técnicos e políticos. Assim, já nos primeiros encontros da equipe de pesquisa observou-se a necessidade de melhor definir os recortes empíricos da pesquisa, considerando a disponibilidade de tempo, recursos e técnicas necessárias, para que a equipe de pesquisa pudesse realizar a investigação, contextualizar e analisar as aglomerações selecionadas na rede urbana de todo o Estado do Rio Grande do Sul.
Os recortes espaciais foram inicialmente considerados a partir dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (COREDEs) e das Regiões Funcionais de Planejamento (RFs) por se tratarem de regionalizações preestabelecidas institucionalmente e pelas regiões metropolitanas igualmente reconhecidas no âmbito do governo do Estado do Rio Grande do Sul. No entanto, entende-se que essas regionalizações, ao terem suas definições vinculadas principalmente à um conteúdo político e territorial das regiões e ao planejamento funcional e setorial do Estado do Rio Grande do Sul, não necessariamente representam as reais e efetivas articulações funcionais regionais, polarizadas e intermediadas pelas cidades médias, bem como àquelas articulações entre a metrópole e demais cidades integrantes da aglomeração metropolitana. Assim, partindo dessas regionalizações previamente instituídas, decidiu-se agregar e estabelecer novos recortes utilizando como categorias centrais e mais integradoras as áreas e regiões urbanas funcionais definidas, sobretudo, pela mobilidade pendular e a rede urbana.
Decidiu-se também pela inclusão da região Central, em que se encontra Santa Maria e sua área urbana funcional, dada a sua importância enquanto centro estratégico de articulação e intermediação de fluxos entre a porção norte e sul do Estado, e pela posição de capital regional no âmbito da rede urbana estadual.
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Ano de lançamento | 2021 |
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ISBN | 978-65-5869-474-8 |
ISBN [e-book] | 978-65-5869-475-5 |
Número de páginas | 329 |
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Organização | Clarice Maraschin, Heleniza Ávila Campos |